Salve sua lavoura do estresse hídrico: tudo sobre irrigação
Depender do clima para a produtividade da sua lavoura pode ser custoso e estressante. Conheça as técnicas de irrigação modernas e quais se adaptam melhor ao seu plantio.
A irrigação claramente não é uma técnica nova – seu surgimento pode ser datado para mais de 5 mil anos atrás, sendo sempre essencial para a produtividade na agricultura, principalmente em ambientes hostis. Há vários tipos de irrigação, o que pode causar indecisão na hora de decidir qual caminho seguir. Vamos conhecer as opções mais comuns e entender quando usá-las?
Ultimamente a irrigação anda ganhando espaço e força no cultivo de grãos, o que pode querer apressar a implementação dessa técnica nas lavouras. Porém, antes qualquer coisa, é preciso ter a documentação necessária em ordem, com autorização dos órgãos públicos e legislação específica de cada estado. Além disso, é preciso estar cientes dos custos da irrigação, como a sustentação por diesel ou por energia elétrica desse recurso e colocar na ponta do lápis os custos e os benefícios dessa aplicação para a sua lavoura.
A irrigação é considerada eficiente quando molha toda a região ao redor da planta, para melhor absorção pelas raízes e consequentemente melhor produtividade. A irrigação localizada é útil em áreas mais secas, pois a água é aplicada nas raízes para maior eficiência. Dentro desse sistema temos o gotejamento, que apresenta baixo custo e facilidade de adaptação às diferentes culturas e solos. A micro aspersão tem uma vazão de água menor que a aspersão comum, sendo mais apropriado para mudanças sazonais, principalmente em culturas de hortaliças e estufas. Porém, a irrigação localizada tem um alto custo de implantação e pode ser que ocorram entupimentos.
A técnica de Pivô (ou pivot central) é quando a irrigação é feita a partir de uma torre, uma estrutura suspensa que gira para distribuir a água na parte superior da plantação. Essas estruturas podem se locomover através de dispositivos eletrônicos e podem ser aproveitadas para distribuir fertilizantes e inseticidas além da água. A irrigação pelo pivô é indicada para grandes lavouras, como milho e feijão.
A irrigação por aspersão é uma maneira eficiente de distribuir a água, pois simula a chuva de maneira artificial e direcionada, podendo ser portátil, móvel ou fixa. Não é recomendada para solos muito inclinados e, para que seja implementado de maneira eficiente, é preciso de uma assistência técnica mais complexa. É muito eficiente, apesar de gastar bastante energia. Temos como opção também a fertirrigação, que se dá quando combinamos os fertilizantes com a água e aplicamos ao mesmo tempo, economizando custos com mão-de-obra. Por fim, outra opção que podemos utilizar é a irrigação de superfície, que se caracteriza quando conduzimos a água pela superfície do solo, sendo de baixo custo de energia e imune à influência do vento. Porém, a água parada pode criar problemas para as plantas e para o solo, sendo mais indicada para a plantação de arroz, que necessita de bastante água.
É importante estar ciente que a irrigação deve ser usada com cautela. Não tenha custos enormes colocando em toda a lavoura, use de maneira estratégica para rentabilizar a produtividade da sua cultura, colocando a importante irrigação apenas em áreas com déficit de chuvas. Evite perder investimento sempre verificando se há vazamentos nas tubulações, realizando manutenções frequentes e utilizando os horários de irrigação de maneira planejada.